Economia paulista avança no primeiro bimestre com indústria, serviços e agropecuária

Além do PIB, SP lidera em geração de empregos com 175 mil postos em janeiro e fevereiro

O Produto Interno Bruto (PIB) do Estado de São Paulo cresceu 1,4% no acumulado de janeiro e fevereiro de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior, segundo dados da Fundação Seade. Todos os setores da economia paulista apresentaram desempenho positivo, com destaque para agropecuária (3,0%), serviços (2,2%) e indústria (0,9%).

Ainda de acordo com o levantamento, no acumulado dos últimos 12 meses o PIB paulista registrou expansão de 3,1%, com maior contribuição da indústria (2,2%) e serviços (3,2%). Em fevereiro de 2025, o indicador avançou 1,0% na comparação com fevereiro de 2024, impulsionado pela agropecuária (12,1%), indústria (0,5%) e serviços (1,9%).

Além do PIB, o estado se destacou na geração de empregos no início deste ano. Nos dois primeiros meses de 2025, foram criados 175 mil novos postos de trabalho formais em São Paulo, um aumento de 28% em relação ao mesmo período de 2024. Com esse resultado, o estado atingiu um estoque de 14,5 milhões de empregos com carteira assinada, o que representa cerca de 30% do total nacional.

Os salários médios também apresentaram crescimento. Em 2023, a remuneração média no estado foi de R$ 4.512, com aumento real de 2,1% em relação ao ano anterior, superior à média nacional (0,9%). Os setores que mais contribuíram para a geração de empregos e renda foram informação e comunicação, atividades financeiras, imobiliárias e serviços profissionais.

A Fundação Seade divulgou também seu Boletim Setorial que detalhou o desempenho dos setores de indústria, comércio varejista ampliado e serviços no mês de janeiro de 2025. Os dados mostram que a indústria de transformação paulista registrou um avanço de 1,9% em relação ao mês anterior, já descontados os efeitos sazonais.

O setor de serviços também apresentou crescimento, com uma alta de 2,3% em janeiro de 2025 na comparação mensal, compensando as quedas observadas nos dois meses precedentes. O comércio varejista manteve-se estável (0,0%) em relação ao mês anterior. Por outro lado, o comércio varejista ampliado, que engloba materiais de construção e automóveis, expandiu-se em 1,7% na passagem de dezembro de 2024 para janeiro de 2025, após registrar duas retrações consecutivas.

Na análise do acumulado em 12 meses, a recuperação da indústria de transformação paulista, iniciada em abril de 2024, mostrou uma desaceleração, passando de um crescimento de 3,6% em dezembro de 2024 para 3,3% em janeiro de 2025.

O setor de comércio, apesar das variações positivas tanto no varejo (4,5%) quanto no varejo ampliado (1,1%), demonstrou um ritmo de crescimento menos intenso no acumulado dos últimos 12 meses. Já o setor de serviços, no acumulado de 12 meses em relação aos 12 meses anteriores, manteve a mesma taxa de variação positiva de 4,6% registrada em dezembro de 2024.

No setor de serviços, três das cinco atividades analisadas tiveram crescimento em relação ao mês anterior. No acumulado dos últimos 12 meses, os serviços profissionais, administrativos e complementares lideraram o crescimento (11,1%), seguidos pelos serviços de
informação e comunicação (7,1%) e serviços prestados às famílias (4,9%).

O secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Jorge Lima, tem realizado encontros com lideranças empresariais no interior do estado para discutir estratégias de desenvolvimento regional. “Estamos percorrendo o interior para ouvir as demandas do setor produtivo e reforçar o compromisso do Governo de São Paulo com o desenvolvimento regional. Cada município tem suas vocações econômicas e, com planejamento e parceria, podemos potencializar essas forças para gerar mais emprego, renda e oportunidades para a população”, afirma.

Recentemente, os municípios de Pederneiras, Dois Córregos e Agudos foram os visitados, ilustrando a diversidade econômica do estado e a busca por soluções específicas para cada região. Pederneiras tem forte presença industrial (36,7% do PIB), enquanto Dois Córregos se destaca no setor de serviços (56% do PIB). Agudos, por sua vez, tem na indústria sua principal atividade econômica, com participação de 42,5% no PIB municipal.