Neste primeiro mês do ano, acontece a Campanha Janeiro Branco, que, por meio de políticas sociais e culturais, propõe um debate na sociedade sobre a saúde mental, com o intuito de prevenir o adoecimento mental e emocional da população.
Entre os principais problemas de saúde mental, estão: a depressão, que em casos mais severos pode levar ao suicídio, a ansiedade, a síndrome do pânico, entre outras.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para os índices crescentes de doenças mentais e afirma que as taxas de suicídio estão em alta no mundo inteiro. Estima-se que em 20 anos a depressão figurará entre os primeiros lugares no ranking de doenças que mais matam.
Nesse contexto surgiu o Janeiro Branco, criado por psicólogos mineiros em 2014, que se inspiraram nas ações de conscientização envolvendo a saúde feminina e propuseram a criação de uma campanha que visasse à promoção e proteção da saúde mental. Os idealizadores optaram pelo primeiro mês do ano, tendo em vista que culturalmente é o mês em que as pessoas traçam novas metas e estão mais propensas a repensarem seu estilo de vida.
Trata-se de uma campanha sem fins lucrativos que prevê diversas atividades a serem realizadas neste âmbito. Devido à pandemia causada pela Covid-19, eventos ocorrerão virtualmente.
No Estado de São Paulo, por exemplo, os primeiros atendimentos na área de saúde mental ocorrem através dos centros de atenção psicossocial (Caps) e das unidades básicas de saúde (UBS).
Parcerias
Relacionado ao tema, tramita na Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 85/2020, que, além de formalizar a realização da campanha Janeiro Branco no Estado, abre a possibilidade de cooperação da iniciativa privada e de entidades civis, organizações profissionais e científicas para a realização das atividades.
O deputado Roberto Engler (PSB), autor da proposta, informa que o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas: 9,3% da população, segundo a OMS. O parlamentar enfatiza ainda a importância da campanha “não pode ser negligenciado o enfrentamento das doenças psiquiátricas, que acometem tantos brasileiros. É necessário desenvolver estruturas de atenção à saúde mental”, disse.
O projeto está em análise pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação. Se aprovado por esta e pelas comissões de Saúde e de Finanças, Orçamento e Planejamento, a proposta poderá ser levada para votação em Plenário.
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