A tarde desta quinta-feira no Conexidades ofereceu à plateia o painel “Economia Criativa para transformar: como impulsionar vocações das cidades”. Participaram do evento Marilia Marton, Secretária de Cultura, Economia e Indústrias Criativas do Estado de São Paulo; Nelson Hervey Costa, Diretor Superintendente do Sebrae São Paulo; Ney Carlos da Rocha, Secretário Municipal de Turismo e Cultura de Bertioga; Omar Bermedo Taucare, Secretário Municipal de Cultura de Cubatão e Renata Cabrera de Morais, Secretária Municipal de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer de Jarinú.
Nelson Harvey iniciou o painel dizendo ser um espaço importante para mostrar a relevância da economia criativa. Ele falou da importância de mostrar que na gestão municipal é possível fazer a diferença impulsionando atividades que usam valores como a criatividade e a capacidade das pessoas, destacando também a atuação do Sebrae. “Outra coisa também é fomentar os saberes e valores locais pensando não só no município, mas na região”, continuou. Falou ainda da importância de fazer com que os recursos disponíveis, inclusive do governo federal, cheguem àqueles que mais precisam, os empreendedores criativos.
Marilia Marton foi convidada a falar. Ela disse que a injeção de dinheiro na área cultural era muito voltada para o audiovisual, mas que, este ano, vão conseguir trabalhar todos os segmentos da cultura e falou que o apoio do Sebrae é fundamental para que o aporte de dinheiro faça a roda da cultura girar. “Os fazedores de cultura entregam o que há de mais essencial na sua alma, o seu fazer. Quando a gente fala de artesanato é a mão do artesão que está ali, quando a gente fala de teatro é o corpo do ator que está ali”, falou, reforçando que cultura gera renda e riqueza.
A seguir foi a vez de Renata Cabrera, que opinou ser fundamental abordar o tema, pois a cultura também tem potencial de transformar realidades sociais e econômicas. Disse ainda ser fundamental que os gestores tenham um olhar estratégico para a cultura. “Valorizar o que a gente tem é fundamental, principalmente se a gente quiser que exista mobilização social, engajamento e adesão. Porque fazer política pública sem uma adesão social não funciona”, afirmou, falando sobre o projeto de posicionamento de marca de Jarinu, que contou com a participação pública através de escuta dos munícipes. “Quando há participação social, as pessoas se sentem pertencentes e eu acho que nós, como gestores públicos, temos que sempre ter um olhar para isso. A economia criativa tem muito espaço para gerar engajamento”, disse, lembrando também da importância de analisar as métricas, ouvindo as pessoas e artistas que participam de eventos.
“Pensando principalmente nas futuras gerações que estão cada vez mais conectadas com o mundo digital, lembrar também, mesmo em municípios pequenos, que às vezes não tenham desenvolvimento econômico muito avançado, é importante considerar essas novas linguagens para a cultura”, afirmou. Ela destacou também a importância de profissionalizar os agentes da cultura.
Omar Taucare falou da junção de cultura e tecnologia e de fortalecer as ideias dos jovens de Cubatão. “Eles estão utilizando muita tecnologia dentro da música, da arte, da pintura. Eu acho que tem a ver com a indústria criativa, porque ela, pra mim, envolve o patrimônio, a mídia, a criação e a arte”, opinou. Taucare disse ainda que as feiras criativas hoje abrangem inúmeros produtos, não apenas artesanato.
Ney Carlos da Rocha falou a seguir. “Nós descobrimos toda uma nova cadeia econômica que estava na ponta do nosso nariz o tempo todo. Nós temos um grande desafio hoje que é conciliar toda essa criatividade que já estava tentando se tornar economia, todo esse conjunto, os escultores, os pintores, os músicos, todo esse conjunto de profissionais que estão na nossa cidade, muitas vezes mendigando para ter um espaço, muita gente mendigando para conseguir se apresentar, com toda uma nova geração, uma nova era que vem aí, que é a economia e a criatividade, a inovação, tudo apoiado pela tecnologia”, disse.
Rocha falou ainda da estrutura cultural de Bertioga, que conta com cinco centros culturais e cerca de 2 mil crianças e jovens nas oficinas culturais descobrindo suas vocações. “Se o poder público não se envolve, se ele não impulsiona, não vai acontecer, porque nós, infelizmente, estamos em um país que dá muito pouco valor à cultura”, falou.
A seguir, ele mostrou slides daquele que será o maior centro de artesanato do litoral paulista, a Feira do Bem, dizendo que essa é uma forma do poder público participar.
Hervey falou que o vereador tem o papel não só de fiscalização, mas também de buscar a propositura de políticas públicas para o desenvolvimento criativo das suas cidades, falando que o Sebrae quer apoiar e capacitar os empreendedores. “Uma agenda importante para falar aqui também é a questão do empoderamento feminino, para a gente olhar o segmento criativo também buscando a equidade de gênero”, continuou, dizendo que o segmento criativo tem que ser acessível a toda a sociedade. Ele finalizou falando da necessidade de implantar uma cultura empreendedora entre os jovens.
Marton encerrou o painel, reforçando a fala de Renata sobre a importância do planejamento e sobre a diversidade de culturas e recursos naturais existentes no estado de São Paulo. “O que a gente precisa é mostrar todo o nosso potencial e o quanto a gente transforma a vida dessas pessoas”, finalizou.
Realização: Multiplicidades; Correalização: UVESP e Prefeitura de São Sebastião; Curadoria: Conexão Municipalista; Patrocínio: OM30, Senac, Chimicatti Advogados, Itaú, FDE, Sabesp e Prodesp.
Serviço
7º CONEXIDADES
Data: 4 a 8 de junho de 2024
Local: Complexo Turístico Rua da Praia (Av. Dr. Altino Arantes) – São Sebastião/SP
Mais informações e inscrições gratuitas em: conexidades.com.br
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