Dando sequência à programação do Conexidades, especialistas e gestores compartilharam suas experiências e perspectivas sobre o impacto das novas tecnologias nos serviços públicos e na gestão das cidades, abordando desde a legislação do 5G até o uso estratégico de dados e inteligência artificial em um painel intitulado “Cidades Inteligentes e Inteligência Artificial: qual o QI de uma Cidade Inteligente?”.
A mesa deste painel foi composta por Ernani Uemura, Especialista em Tecnologia da Informação e Head da Unidade de Negócios de Projetos de ICities, Gustavo Reis, Prefeito Municipal de Jaguariúna, e Fred Ricardo de Souza Costa, Especialista em Inteligência Artificial e Gerente de Convergência Digital Analytics da Companhia de Processamento de Dados do Estado de São Paulo – PRODESP.
Iniciando o debate, o Prefeito de Jaguariúna, município premiado como Cidade Inteligente e conectada refletiu sobre o que é uma Smart City: “o que é uma cidade inteligente se não aquela que consegue colocar ferramentas para facilitar o acesso da população aos serviços públicos da saúde, da educação e da segurança?”. E destacou as principais ações do município que o levaram a ser considerado um exemplo nesses setores, principalmente na saúde, com a utilização da telemedicina, e na educação, com aplicativo que facilita a matrícula das crianças na escola e o acompanhamento da frequência e desempenho escolar pelas famílias.
Gustavo Reis ressaltou que é importante que todos os vereadores e vereadoras estejam adaptados com a lei do 5G, que permite a entrada dessa tecnologia para todos os municípios do país.
Jaguariúna conseguiu ser a primeira cidade do Brasil com menos de 100 mil habitantes a aprovar a lei na Câmara Municipal para receber a antena 5G. “É uma grande conquista. Porque eu tenho mais velocidade, e com o 5G eu consigo ter o controle do trânsito, a medicina através das cirurgias robóticas, e também os carros sem condutores. Portanto o 5G é um grande avanço para todos os municípios”, afirmou Reis.
Sobre a inteligência artificial, ressaltou que é essencial se atualizar e mudar essa relação para usar com equilíbrio. “É uma grande revolução, uma grande facilidade, desde que saibamos usar com inteligência”.
Já Fred Ricardo de Souza Costa abriu sua fala afirmando que é importante falar do que é inteligência artificial, pois estamos vivendo um hype dessa ferramenta. “Graças ao avanço tecnológico e aos insights de várias empresas, estamos trazendo isso de forma exponencial”.
Segundo o palestrante, dentro da PRODESP, eles estão procurando trazer informação, dados, que são compartilhados em um sistema para ter inteligência, trabalhado para entender como armazenar os dados e dali trazer a informação inteligente. “Tratar esses dados é o diferencial que vai fazer a gente trazer um novo petróleo, que se chama informação”, explicou.
Destacou também que é fundamental se entender as leis de proteção aos dados e saber como a inteligência pode responder para o cidadão e o funcionário público de maneira a trazer benefícios. “Os dados são o bem mais precioso dentro das esferas, tanto privada, quanto pública. Então eles investem fortemente dentro desse escopo de análise de dados e predição de informação para que a gente possa prever qual o comportamento futuro dos clientes. A mesma coisa acontece com o cidadão”.
Encerrando o painel, Ernani Uemura fez uma provocação aos participantes, questionando se existem cidades mais inteligentes que outras. O especialista disse que, para entender a questão das inteligências das cidades, é importante se entender o que essa inteligência e como é que se chega a esse resultado. Para isso, apresentou alguns cases que funcionaram ou não, detalhando seu processo.
Entre os exemplos esteve o caso dos agendamentos online como solução de filas nas cidades, que muitas vezes acaba causando outro problema por falta de visão ampla da situação. “A ideia é que se faça um diagnóstico de onde estão os gargalos e como eles interferem na questão da causa e efeito”, explicou.
Uemura ressaltou que a forma como a cidade trata a informação, vai qualificar a decisão do administrador. E, para responder o questionamento inicial, afirmou: “existem fases diferentes das cidades, têm cidades que estão quase adiantadas, cidades que estão menos adiantadas, mas todas elas serão empurradas para esse caminho. Ao serem empurradas por esse caminho, então vai ter este desnivelamento de entendimentos. Mas a gente está aqui justamente para poder melhorar esse processo de entendimento, esse caminho até a solução final”.
Realização: Multiplicidades; Correalização: UVESP e Prefeitura de São Sebastião; Curadoria: Conexão Municipalista; Patrocínio: OM30, Senac, Chimicatti Advogados, Itaú, FDE, Sabesp e Prodesp.
Serviço
7º CONEXIDADES
Data: 4 a 8 de junho de 2024
Local: Complexo Turístico Rua da Praia (Av. Dr. Altino Arantes) – São Sebastião/SP
Mais informações e inscrições gratuitas em: conexidades.com.br
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