Foi realizado em ambiente virtual nesta sexta-feira (12/3) um ato solene da Assembleia Legislativa de São Paulo em alusão aos três anos da morte da vereadora carioca Marielle Franco. O evento foi convocado pela deputada Erica Malunguinho (PSOL) e debateu a violência política contra mulheres da população LGBTQIA+ e moradoras da periferia. Estiveram presentes na reunião figuras políticas e representantes de movimentos da sociedade civil.
Marielle Franco foi assassinada a tiros em 14 de março de 2018 no Rio de Janeiro, junto com seu motorista, Anderson Gomes. Outros casos de violência política também foram registrados na capital paulista, desde o início do ano, com vereadoras transexuais.
A deputada Monica da Mandata Ativista (PSOL) abordou o Projeto de Lei 130/2021, de coautoria dela junto com as parlamentares Isa Penna (PSOL), Erica Malunguinho e Leci Brandão (PCdoB), que institui o Programa Estadual de Enfrentamento ao Assédio e à Violência Política Contra a Mulher.
Para Monica, “ser mulher, negra, LGBTQIA+ ou residir na periferia já é uma violência constante, mas ser parlamentar em um momento de intolerância é ainda pior”.
Já Leci Brandão defendeu as covereadoras paulistanas que estavam presentes no encontro: “Não vão calar Samara Sosthenes e Carolina Iara. São mulheres fortes, trabalhadoras e atuantes. Elas não têm medo”, afirmou.
A mãe de Marielle Franco, Marinete Silva, pediu mais empenho nas investigações da morte de Marielle e de outros ataques de motivação política: “É importante estarmos aqui para cobrar as autoridades para que descubram quem armou todos esses crimes”.
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