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Dia Mundial do Turismo: projetos buscam recuperar o setor

Um dos setores mais impactados pela pandemia de covid-19, o turismo não teve muito a comemorar neste domingo (27), Dia Mundial do Turismo. Levantamentos apontam que o segmento acumula em todo o país uma queda de faturamento de mais de R$ 180 bilhões desde o início da crise sanitária, que resultou no fechamento de mais de 440 mil empregos formais. Preocupados com a recuperação do setor, o primeiro a parar por causa da pandemia, senadores apresentaram uma série de projetos para amenizar as perdas e acelerar a retomada do turismo.

O presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR), Izalci Lucas (PSDB-DF), lamentou a situação das empresas do setor. Ele destacou a aprovação de uma série de linhas de crédito para empresas no Congresso e apontou que o Dia Mundial do Turismo serviu, sobretudo, para reflexão sobre como superar a crise e para pensar o período pós-pandemia.

— Este ano não temos muito o que comemorar, até porque o turismo talvez seja o setor mais afetado. Foi o primeiro a ser afetado e provavelmente será o ultimo a se recuperar, mas o Congresso fez a sua parte. Aprovamos auxílio-emergencial e aprovamos financiamentos. Eu sei que nem todos receberam, mas avançamos bem no crédito. E pedi agora recentemente ao ministro para conversarmos sobre o novo marco regulatório. É uma perspectiva de abertura dos nossos meios para facilitar e ampliar o turismo brasileiro, que é de fundamental importância para a economia — apontou Izalci em entrevista à Agência Senado.

Entre as medidas já aprovadas pelo Senado para fazer frente ao tombo do setor — que vinha bem antes da pandemia, com crescimento de 2,2% em faturamento no ano passado, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) — está a medida provisória que liberou crédito de R$ 5 bilhões para auxiliar empreendimentos turísticos nesse momento de crise por meio do Fundo Geral do Turismo (Fungetur). Aprovada sem mudanças pelos senadores, a MP 963/2020 foi promulgada no início do mês dando origem à Lei 14.051, de 2020, que promete, segundo o governo, dar fôlego financeiro para manter as empresas e os empregos até o retorno das vendas.

Mas R$ 5 bilhões é pouco diante das perdas acumuladas durante a pandemia. A confederação calcula que em seis meses (de março a agosto), o turismo no Brasil perdeu R$ 182,86 bilhões. Ainda que tenha registrado em julho a terceira alta mensal seguida (+4,8%), o nível de atividade do turismo ainda se encontra 56,7% abaixo do verificado no primeiro bimestre de 2020, antes da pandemia. Os dados estão no relatório ICV-Tur, da CNC, com base em dados do IBGE. As projeções apontam que o faturamento real do setor encolherá 37,2% neste ano, com perspectiva de volta ao nível pré-pandemia somente no terceiro trimestre de 2023.

Em relação ao emprego, dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostram que, entre março e julho de 2020, a força de trabalho formal do turismo encolheu 12,8% — a maior queda quando comparada aos demais setores da economia. Foram fechados 446,3 mil postos formais no período.

Já prevendo o fechamento de postos de trabalho e a crise do setor com o início da pandemia, o senador Lasier Martins (Podemos-RS) apresentou em maio um projeto (PL 2.868/2020) para priorizar empresas de turismo, hotéis, parques e lazer na destinação de linhas de crédito com recursos da União.

— É imperioso que o projeto passe porque os prejuízos são enormes e o objetivo desse projeto de lei é exatamente para atender com prioridade com concessão de linhas de crédito com recursos da União os setores mais afetados, além da equalização de juros de financiamento. Entendi que seria necessária a racionalização de recursos para os setores mais afetados para que consigam resistir, minimizar os prejuízos, manter empregos e obter fôlego até que passe a pandemia — disse Lasier à Agência Senado.

O senador visitou na semana passada a região de Gramado e Canela, principais destinos turísticos do Rio Grande do Sul, e ressaltou a importância da ajuda a municípios cujas economias dependem principalmente do turismo. Também destacou os cuidados no turismo nesse “novo normal”.

— Hotéis e pousadas foram fechados por longo tempo. A maneira de socorrê-los é conceder linhas de crédito. Semana passada estive em Gramado e presenciei uma situação curiosa. O pessoal entendeu que tinha passado a pandemia e correu em massa para Gramado. Resultado: encheram o hospital. Então, tem que tomar precauções — apontou o senador.

Os municípios editaram decretos permitindo a reabertura de hotéis, parques e museus de forma gradual, com uma série de exigências como a obrigatoriedade do uso de máscaras de proteção facial de todas as pessoas que ingressarem em espaços públicos e no comércio.

Segundo o boletim epidemiológico do Centro de Operações de Emergências (COE) de Gramado de quinta-feira (24), o município registrou 1.106 casos desde o início da pandemia, com 24 óbitos e 1.024 curados. Na mesma data, o Brasil tinha 4.660.368 diagnósticos de covid-19, com 139.931 óbitos registrados e 4.023.789 pessoas recuperadas.

Auxílio

Entre outras propostas apresentados por senadores para recuperar o setor está o PL 3.285/2020, do senador Jean Paul Prates (PT-RN), que destina R$ 3 bilhões da União para estados, municípios e Distrito Federal em investimentos emergenciais de apoio ao turismo durante e depois do estado de calamidade pública gerada pelo coronavírus.

O projeto estabelece que a transferência dos recursos ocorrerá ainda em 2020, em parcela única, por meio de renda emergencial mensal aos trabalhadores do setor (no valor de R$ 600, em três parcelas sucessivas). E de subsídio mensal, que varia de R$ 3 mil a R$ 10 mil, para manutenção de microempresas e empresas de pequeno porte que tiveram as suas atividades interrompidas por força das medidas de isolamento social.

Jean Paul observa que o turismo brasileiro registrou o melhor desempenho do setor desde 2017, com aumento de 2,2% no faturamento real ante o ano anterior, totalizando R$ 238,6 bilhões.

“Foi um aumento nominal de R$ 5,1 bilhões em relação a 2018. A pandemia da covid-19 desestruturou esse crescimento no Brasil e em todo o mundo. Ademais, devemos pensar nos milhões de trabalhadores e microempreendedores individuais que, atualmente, encontram-se sem renda e não estão atendidos pelo auxílio emergencial criado pela Lei 13.982, de 2020”, conclui Jean Paul na justificativa do projeto.

O senador Rogério Carvalho (PT-SE) aponta que o governo deveria conceder incentivos fiscais para ajudar a restruturação do setor de turismo. A autorização para a União conceder isenção fiscal, anistia e remissão a pessoas físicas e jurídicas do setor efetivamente atingidas por desequilíbrio econômico-financeiro durante a pandemia está prevista no PL 800/2020, que aguarda deliberação do Plenário do Senado.

“O setor deve receber esse incentivo tributário porque se trata de uma área econômica que contribui fortemente para a distribuição de renda, justamente porque é uma cadeia produtiva bem mais pulverizada”, justifica Rogério.

Cassinos 

A fim de estimular o setor, o senador Irajá (PSD-TO) apresentou um projeto de lei, o PL 4.495/2020, que permite a implantação de resorts com cassinos — os chamados resorts integrados. Ele afirma que a medida pode ajudar a expandir o turismo no país. O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, também defende esse tipo de empreendimento.

A legalização dos jogos de cassino dentro dos resorts integrados, seguida de um processo de concessão para exploração, atrairá grandes investidores para o mercado de turismo brasileiro, dinamizando a atividade econômica em todas as regiões do Brasil”, aponta Irajá.

Dário Berger (MDB-SC), por sua vez, sugere que os veículos usados para atividades de turismo tenham seu licenciamento renovado enquanto durarem os efeitos da pandemia do coronavírus, independentemente da existência de débitos relativos a tributos, encargos, multas de transito e ambientais vinculados ao veículo (PL 4.307/2020).

“Quando as pessoas se sentirão seguras novamente para viajar? Qual impacto da redução das diversas atividades econômicas na renda das pessoas? Como a redução de renda impactará no turismo?”, questiona o senador.

Também está em análise no Senado o PL 1.829/2019, apresentado pelo ex-deputado Carlos Eduardo Cadoca para “estimular e modernizar a atividade turística e o transporte aéreo no Brasil”. Relatado pelo senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), o texto atualiza conceitos e diretrizes do turismo às recomendações da Organização Mundial do Turismo (OMT) e de outros organismos internacionais e incorpora iniciativas e práticas já adotadas pelo Ministério do Turismo, pela Embratur e pelo trade turístico nacional à Lei Geral do Turismo (Lei 11.771, de 2008).

MPs

Além da MP 963/2020, que liberou crédito de R$ 5 bilhões para auxiliar empreendimentos turísticos, o Senado aprovou outras iniciativas do governo para estancar as perdas do segmento turístico e regulamentar os direitos dos consumidores nesse período atípico. É o caso MP 948/2020, editada para detalhar regras de adiamento ou cancelamento de eventos, serviços ou reservas nos setores de cultura e turismo devido à pandemia de covid-19. Aprovada pelos parlamentares, a proposta foi sancionada (Lei 14.046, de 2020).

Outra medida provisória aprovada durante a pandemia, a MP 907/2019 transforma o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) em uma agência com status de serviço social autônomo. O texto, sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro com vetos, é hoje a Lei 14.002, de 2020, e também trata de benefícios tributários sobre o pagamento de leasing de aeronaves e motores da aviação comercial.

Fonte: Agência Senado

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Tribuna Livre abre espaço para vereadores discursarem em Plenário

MARCO CALEJO
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Na tarde desta quinta-feira (24/9), a Câmara Municipal de São Paulo promoveu a Tribuna Livre. Os vereadores inscritos para discursar tiveram cinco minutos para a manifestação de temas de própria escolha, de forma presencial ou virtual.

Servidores públicos

Vereadores falaram sobre profissionais de educação e da Covisa (Coordenadoria de Vigilância em Saúde). Foram discutidas ações da administração pública municipal que envolvem os servidores desses setores.

Pessoas em situação de rua

Também repercutiu no Plenário a reunião virtual da Comissão Extraordinária de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania, realizada nesta quinta-feira. O foco da discussão foi a saúde das pessoas em situação de rua durante a pandemia.

População com mais de 60 anos

Outro tema desta tarde tratou das pessoas com mais de 60 anos de idade na capital paulista e no Brasil. Foram apresentados dados da Prefeitura de São Paulo e do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) sobre o mercado de trabalho para a população desta faixa etária em dois momentos – antes da pandemia e o cenário atual.

Cotas raciais

A política de cotas raciais do governo municipal esteve entre os temas tratados na Tribuna Livre. Também foi registrado o reconhecimento de empresas privadas que promovem a igualdade racial.

Assista aqui aos discursos da Tribuna Livre.

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TCE orientará jurisdicionados sobre repasses ao Terceiro Setor, licitações e contratos

24/09/2020 – SÃO PAULO – O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCESP), em seu papel pedagógico, promoverá, no mês de outubro, cursos on-line para orientar gestores e servidores sobre repasses ao Terceiro Setor e a prestação de contas de licitações e contratos que deve ser encaminhada por meio da Fase IV do Sistema de Auditoria Eletrônica do Estado de São Paulo (Audesp).

Direcionada a dirigentes, gestores e servidores de órgãos públicos concessores e a representantes de Organizações da Sociedade Civil, a live, com o tema ‘Orientações ao Terceiro Setor’, está programada para ocorrer no dia 2 de outubro, no horário das 10h30 às 12h00.

Durante as atividades, serão apresentadas instruções voltadas à prestação de contas da elaboração do Plano de Trabalho; aspectos de transparência necessários para a celebração e a execução de ajuste com  entidades do Terceiro Setor e a atuação da fiscalização do TCESP no cenário de pandemia imposto pelo novo coronavírus.

A programação incluirá, ainda, orientações sobre ajustes e aditamentos que devem ser feitos em decorrência do estado de calamidade pública dos municípios, com uma abordagem sobre a necessidade de  flexibilização das exigências legais, alterações, suspensões, encerramento de ajustes e relevância das cláusulas condicionais.

. Audesp

No dia 5 de outubro, das 10h30 às 12h00, a capacitação será direcionada à Fase IV da Audesp, que trata de licitações e contratos. Ministrado pelos técnicos da Audesp César Schneider e Fabrício Carvalho Macieira, e pela Agente da Fiscalização Financeira da Unidade Regional do TCE em Ribeirão Preto (UR-06) Maira Coutinho Ferreira Giroto, o curso é voltado aos servidores públicos dos Departamentos de Licitações e Contratos das entidades jurisdicionadas ao TCESP no âmbito municipal e estadual.

Além de apresentar as funcionalidades e as metodologias integrantes do módulo da Fase IV da Audesp, que permite a transmissão de dados relativos à prestação de contas de licitações e contratos por meio eletrônico, os palestrantes vão esclarecer dúvidas dos participantes sobre o assunto, incluindo sobre as atualizações em razão da pandemia da COVID-19.

As lives, desenvolvidas por meio da Escola Paulista de Contas Públicas ‘Presidente Washington Luís’ (EPCP), serão transmitidas, gratuitamente, pelo YouTube pelo link http://streaming.tce.sp.gov.br/lives. Para acompanhar os trabalhos não é necessário realizar inscrição prévia.

Após o encerramento das atividades, o conteúdo ficará disponível para acesso público pelo canal da EPCP no YouTube. Dúvidas podem ser encaminhadas ao e-mail epcp-eventos@tce.sp.gov.br.

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95% das cidades de São Paulo estão com as contas em situação de risco, afirma TCE

Da Redação, com Rádio Bandeirantes

25/09/2020

De acordo com o Tribunal de Contas do Estado (TCE) 95% das cidades de São Paulo estão com as contas em situação de risco. O levantamento analisou 644 municípios, e concluiu que apenas 12 estão regulares. A capital não faz parte da análise, já que tem o próprio órgão fiscalizador. As informações são do repórter Vitor Lupato, da Rádio Bandeirantes. O TCE enviou diferentes alertas para as prefeituras que não estão cumprindo com as responsabilidades fiscais. Entre as principais queixas estão indícios de irregularidade na gestão orçamentária e a queda de arrecadação.

Os avisos são para que os prefeitos tomem medidas que mudem o rumo das contas para evitar punições. Secretário Diretor Geral do órgão, Sérgio Ciquera Rossi destaca as principais razões para rejeições de contas. Se nenhuma medida for tomada, a prefeitura corre o risco de não receber os repasses estaduais e federais e o prefeito pode ficar inelegível.

Em estado de calamidade pública, por causa da pandemia da Covid-19, as obrigações e providências previstas foram suspensas. Para o Secretário Diretor Geral do Tribunal de Contas do Estado, Sérgio Ciquera Rossi, é preciso considerar o momento atual na análise.

Aspásia, na região de Fernandópolis, é a cidade que mais recebeu alertas do TCE; são 33 avisos de 8 tipos diferentes. Por outro lado, o município de Dourado, no centro do estado, é o que tem as contas mais disciplinadas, e recebeu apenas dois alertas do mesmo tipo.