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Vereadores aprovam PL que prorroga renda emergencial na cidade

MARCO CALEJO
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A Câmara Municipal de São Paulo aprovou em segunda e definitiva votação, na Sessão Extraordinária desta quarta-feira (24/2), um texto substitutivo apresentado pela liderança do governo ao PL (Projeto de Lei) 55/2021, do Executivo. A medida prorroga a Renda Básica Emergencial na capital paulista por mais três meses com o pagamento de R$ 100 por pessoa. O projeto, aprovado por 53 votos favoráveis e nenhum contrário, segue para sanção do prefeito Bruno Covas (PSDB).

Além da prorrogação do benefício, o texto autoriza a Prefeitura de São Paulo a adquirir vacinas contra a Covid-19. A compra dos imunizantes depende do aval da Anvisa e poderá ser feita caso as doses do Plano Nacional de Imunização, do governo federal, sejam insuficientes para imunizar a população paulistana.

Renda Básica Emergencial

O projeto prevê o pagamento de R$ 100, durante três meses, para todas as pessoas cadastradas até 30 de setembro de 2020 no Programa Bolsa Família, do governo federal. A medida também propõe o benefício aos trabalhadores ambulantes inscritos no programa “Tô Legal” e com o TPU (Termo de Permissão de Uso) regularizado.

O texto inclui ainda a família monoparental, formada por um dos responsáveis e os filhos, com R$ 200 para a mãe ou para o pai responsável. O mesmo valor também será concedido para cada pessoa com deficiência integrante de um grupo familiar contemplada na proposta, exceto para o munícipe beneficiado com o BPC (Benefício de Prestação Continuada).

De acordo com a liderança do governo na Câmara, o auxílio está previsto para 480 mil famílias, que correspondem a aproximadamente 1,3 milhão de pessoas. Os gastos com os pagamentos das três parcelas giram em torno de R$ 420 milhões. O objetivo da Renda Básica Emergencial é auxiliar a população paulistana que enfrenta dificuldades financeiras em decorrência da crise econômica provocada pela pandemia da Covid-19.

Vacina

Em um artigo aprovado no mesmo projeto, a Câmara autorizou a Prefeitura de São Paulo a comprar vacinas contra a Covid-19 em caso de oferta insuficiente de imunizantes pela União. As vacinas devem ser aprovadas pela Anvisa.

No caso de descumprimento do prazo legal de aprovação da vacina pela Anvisa, o texto autoriza a prefeitura a adquirir imunizantes já aprovados por agências reguladoras internacionais.

O líder do governo na Câmara, vereador Fabio Riva (PSDB), falou sobre a aprovação. “Em um acordo na Casa, nós estamos autorizando o Executivo a adquirir as vacinas, caso o governo federal tenha insuficiência de mandar para a capital. Estamos autorizando a Prefeitura desde que autorizadas pela Anvisa. É um gesto da Câmara Municipal em um momento que a pandemia continua e nós precisamos de mais vacina e rapidez”.

Renda Básica Emergencial – Presidente da Câmara

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, vereador Milton Leite (DEM), se posicionou sobre a prorrogação da Renda Básica Emergencial na cidade. “No fim do ano passado, a cidade de São Paulo foi uma das poucas do país a aprovar uma renda emergencial própria, com recursos do município. Agora prorrogamos esse auxílio numa resposta da Câmara para atender a população mais carente que ainda está passando por tantas dificuldades nesta pandemia”.

Líderes de partidos

Da tribuna do Plenário 1º de Maio, o líder do governo na Câmara, vereador Fabio Riva (PSDB), afirmou que encaminhou para a análise do Executivo todas as propostas apresentadas pelas bancadas partidárias. Riva disse ainda que compreende as reivindicações parlamentares, porém falou que é necessário respeitar o orçamento da Prefeitura.

“Eu gostaria, como todos e qualquer parlamentar, cidadão, prefeito, governador ou presidente da República, dar muito mais para quem precisa. Mas, nós precisamos ter responsabilidade e dizer que a gente pode dar o que a gente tem condição”, disse Riva.

O líder do PATRIOTA na Casa, vereador Rubinho Nunes (PATRIOTA), favorável ao PL, também citou que é preciso ter responsabilidade sobre os gastos com o pagamento da Renda Básica Emergencial na cidade de São Paulo. Ele disse que o valor do auxílio traz impacto positivo para as famílias paulistanas.

“Não é um auxílio de R$ 100 reais por família, como tentam propagar algumas pessoas. Na realidade, são R$ 100 por indivíduo. E quando a gente faz a média pela quantidade de beneficiários e de famílias, estamos falando de aproximadamente R$ 270 (por mês) por família. Inclusive, o valor é acima do que recebem as pessoas do (Programa) Bolsa Família”, explicou Rubinho.

Segundo o líder do PSDB no Legislativo paulistano, vereador Xexéu Tripoli (PSDB), “entre o que a gente quer e o que é possível, eu aprendi nessa Casa em quatro anos, tem uma distância imensa”. Xexéu também reiterou que a renda emergencial será concedida a cada pessoa contemplada na proposta. “Meus colegas já falaram aqui, a média por família não é de R$ 100, é de R$ 275. Tem famílias que recebem R$ 600, para seis pessoas. Para a família com uma pessoa, recebe R$ 100”.

Já o líder do PT na Câmara, vereador Eduardo Suplicy (PT), sugeriu a expansão do auxílio para os beneficiários que ingressaram no Programa Bolsa Família após setembro de 2020 e aos que foram habilitados pelo Cadastro Único, mas que estão na fila do Programa. Suplicy diz que há recursos do governo para estender o benefício para mais pessoas.

“Faço um apelo ao bom senso do prefeito e do líder do governo para que considerem esta emenda que beneficia aquelas pessoas que deveriam já estar inseridas no Bolsa Família e ainda não foram consideradas”, disse Eduardo Suplicy, que solicitou ainda que seja feito um estudo sobre os efeitos do auxílio emergencial para que eventualmente seja instituída a Renda Básica de Cidadania.

Com considerações desfavoráveis à proposta do Executivo municipal, a líder do PSOL na Câmara, vereadora Luana Alves (PSOL), propôs aumentar o auxílio para R$ 350, dobrar o valor de R$ 200 para as famílias monoparentais, ampliar o benefício para mais famílias e estender o pagamento da renda emergencial enquanto durar a pandemia.

“Não aceitamos que (o auxílio) seja de R$ 100. A gente está na cidade mais cara da América Latina. Eu gostaria muito de saber o que os secretários do governo Bruno Covas, que receberam um aumento de 46% em janeiro, o que fariam com R$ 100. É isso que a gente gostaria de saber”, questionou Luana.

Para o líder do REPUBLICANOS na Casa, vereador André Santos (REPUBLICANOS), reconhece a importância do auxílio emergencial. Mas, de acordo com o parlamentar, não houve sensibilidade do governo para incluir as sugestões parlamentares no texto do PL.

“Para não deixar de ver o auxílio chegar para a população, se não tiver jeito e tivermos que votar os R$ 100, nós vamos votar os R$ 100. Mas que fique claro para a população, não só a minha insatisfação, mas como a da maioria dos vereadores, que nem sequer tiveram a chance de ter as suas ideias e propostas apresentadas”, falou André Santos.

Outros discursos 

Para o vereador Paulo Frange (PTB), a iniciativa do governo é positiva. Frange disse que o momento não permite que a Prefeitura faça dívidas, já que não se sabe quais serão os investimentos necessários para combater a Covid-19. “Nós gostaríamos que (o auxílio) fosse muito maior, se pudéssemos. Não tem como tratar esse assunto sem a responsabilidade de olhar para o caixa e saber o que nós podemos fazer”.

Outro parlamentar que se manifestou foi o vereador Senival Moura (PT). Segundo o parlamentar, a Prefeitura tem recursos e poderia ao menos estender o auxílio para mais famílias. “Que as pessoas recebam os R$ 100 e que sejam acrescidas mais 137 mil famílias, que representam cerca de 425 mil pessoas. Fazendo esse cálculo, vamos chegar a um valor de R$ 42,5 milhões por mês. Durante os três meses isso representa R$ 127 milhões”.

Entre as sugestões apresentadas pelo PSOL, a vereadora Sílvia da Bancada Feminista (PSOL) subiu à tribuna para reiterar a possibilidade de passar o benefício de R$ 100 para R$ 350 por pessoa. “Por que em Belém pode ter R$ 450 e aqui em São Paulo só R$ 100? Belém é mais rica que São Paulo? Duvido.”.

Já o vereador Fernando Holiday (PATRIOTA), questionou a proposta de aumentar o valor do auxílio para R$ 350. “É uma falta de lógica imensa, é uma falta de responsabilidade com a economia da cidade”.

Os discursos na íntegra da Sessão Plenária desta quarta-feira estão disponíveis aqui.

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Parlamentares comentam sobre toque de recolher adotado pelo governo

No início da tarde desta quarta-feira (24/2), o governador João Doria anunciou a restrição de circulação de pessoas no Estado de São Paulo entre 23 horas e cinco da manhã. A medida visa diminuir o contágio pelo coronavírus e foi um dos principais assuntos na tribuna da Alesp.

O deputado Douglas Garcia (PTB) se posicionou contrariamente à determinação do governo. “Esse decreto é inconstitucional, o direito de ir e vir é fundamental e precisa ser respeitado”, afirmou. Garcia anunciou que apresentará um projeto de decreto legislativo para sustar os efeitos do decreto do governador, que ainda não foi publicado no Diário Oficial.

A medida também foi criticada pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL). Pra ele, “restringir a circulação de pessoas entre 11 da noite e cinco da manhã não vai resolver a situação”. Giannazi citou ainda o número de profissionais da educação infectados pelo coronavírus. “Em 523 escolas, temos 991 casos de profissionais da educação contaminados só na rede estadual. Já tivemos dez mortes em profissionais da educação”. Giannazi defende o fechamento das escolas. “Um dos motivos para o aumento das contaminações em todo o Estado de São Paulo são as escolas abertas. Se o governo fala que é importante restringir a circulação de pessoas, tem de fechar as escolas”, declarou.

O deputado Coronel Telhada (PP) também desaprovou a medida anunciada. “O povo quer trabalhar, mas o governador não deixa”. Telhada lembrou também que no dia 24 de fevereiro se comemora o Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil. “Foi uma vitória da Revolução de 32. Apesar de São Paulo ter perdido, uma das vitórias foi o voto feminino, conseguido na Constituição de 1934”.

Calamidade pública

A calamidade pública decorrente da pandemia no Estado de São Paulo foi decretada em março de 2020, com validade até 31 de dezembro de 2020. Segundo a deputada Janaina Paschoal (PSL), alguns prefeitos estão encaminhando à Alesp novos pedidos de calamidade pública para seus municípios. A parlamentar considera que não há fundamentação jurídica para os pedidos. “Quando esta Casa reconhece a calamidade, o gestor do Executivo – seja de qualquer esfera – pode fazer compras sem observar os rigores da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que é uma grande conquista de todos nós”.

Janaina afirmou que vai pedir aos prefeitos documentação sobre valores recebidos pela União e pelo Tesouro estadual para analisar o pedido de calamidade. “Quero documentos para saber em que utilizaram esse dinheiro. Abriram leitos, contrataram enfermeiros, médicos, adquiriram respiradores? O que fizeram com esses tantos milhões? Para pedir estado de calamidade neste momento é necessário mostrar quanto recebeu e o que fez com esse dinheiro”, finalizou a parlamentar.

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Presidente do TCESP aborda impacto da pandemia na Administração Pública

24/02/2021 – SÃO PAULO – O primeiro episódio de 2021 do PodContas, conteúdo em áudio criado para tratar de assuntos pedagógicos de interesse dos jurisdicionados ao TCESP, está no ar.

Com a participação da Presidente do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, Conselheira Cristiana de Castro Moraes, a edição debate o impacto da pandemia na Administração Pública e o papel da Corte na crise atual.

“A atuação do Tribunal de Contas nesse período é fundamental para orientar os gestores públicos na aplicação dos recursos necessários ao combate da pandemia, para o controle dos gastos que devem seguir as normas legais atinentes à matéria e, em especial, quanto à legislação que foi aprovada para o enfrentamento da doença”, afirmou a Presidente.

Durante o 15º episódio do PodContas, a Conselheira-Presidente ainda falou sobre o ‘Painel COVID-19’ (https://bit.ly/2YRSPil), que possibilita o acompanhamento de como os 644 municípios paulistas sob jurisdição do Tribunal estão empregando os recursos públicos no combate à pandemia.

A edição aborda também a implantação do teletrabalho na Sede e nas 20 Unidades Regionais (URs) do Tribunal de Contas como medida de controle da COVID-19.

Direcionado a gestores e a servidores dos órgãos municipais e estaduais fiscalizados pela Corte, o PodContas está disponível para acesso nas plataformas Spotify (http://spoti.fi/3urcPXv), Anchor (http://bit.ly/3mChSAh), SoundCloud (http://bit.ly/3qy02AT) e Google Podcasts (http://bit.ly/3g42iLh).

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Live UVESP – Lançamento Município Agro Ciclo 2021 com o Secretário de Estado Gustavo Junqueira

Dia 25 se comemora o dia do agronegócio no Brasil. São Paulo tem bons motivos para comemorar. Participe da nossa live com o Secretário de Estado, Gustavo Junqueira onde lançaremos o programa Município Agro que irá favorecer os municípios, promovendo o desenvolvimento do agronegócio paulista. A Secretaria inova a sua gestão e a forma de atuação junto aos municípios, trazendo pela primeira vez um conceito meritocrático, moderno, transparente e alinhado à estratégia de longo prazo..

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