ARTIGO: O DISCIPULO DE MÁRIO COVAS

*Sebastião Misiara

No encerramento do 61º Congresso Estadual de Municípios, em Campos do Jordão, sentindo-se em casa, o governador Geraldo Alckmin, homem que fala menos de si e mais das coisas, abriu seu coração.

“Vida modesta, sem luxo e com a decisão de ouvir seu pai que lhe sugeriu vida pública é para servir”. Ensinou-lhe também que, na vida, é preciso gostar de gente. Seguindo o conselho formou-se em medicina e escolheu ser político. Nos dois casos é preciso gostar de gente.

Casado há 38 anos com dona Lú, sua vida econômico-financeiro é a mesma de sempre. Dois filhos e uma filha, que, como outros, poderiam ter empresas prestadoras de serviço. Trabalham para viver. Thomas morreu prematuramente, piloto que era para viver e sobreviver. Os outros dois labutam para seu sustento e sobrevivência.

Há homens que, a simples menção dos seus feitos, dispensa comentários, pois que aqueles, por si mesmos e por sua projeção no tempo imortalizam seu governo. Esse é Geraldo Alckmin, que gosta de gente, de ouvir gente, de levantar a auto-estima de gente e de trabalhar para a gente.

Recordista absoluto de assinaturas no livro de posse do Palácio dos Bandeirantes, sempre inovou em cada mandato, com uma só filosofia: a felicidade das pessoas, principalmente os que esperam do governo para ter uma vida honrosa e digna. E isso só pode ser feito por quem gosta de gente.

Com votações surpreendentes em suas eleições, nunca dormiu sobre os louros conquistados. A cada voto – a seu tempo – suas responsabilidades sempre foram maiores, realizando feitos que tornaram possível a vida dos mais pobres.

Assim como Mário Covas, a quem tem a honra de se dizer discípulo e é, sabe valorizar o respeito ao dinheiro público.

Em 1994, participei ativamente da formação de um plano de governo único entre PSDB e PFL. Mário Covas, o grande comandante. Cedeu em alguns pontos e não abriu mão de outros. Um desses a ninguém dava o direito de indicar um candidato a vice-governador. Geraldo Alckmin e ponto. “Esse eu conheço, sei da sua vida e da sua honradez. Com ele, como meu substituto, ficarei tranquilo”. Assim se expressou o grande estadista, cuja vida revive a cada ato político. Ele é o próprio exemplo.

Com minha pequena vivência política, mas municipalista e observador, sinto que todo o passado vive em nós. Geraldo Alckmin é a própria reprodução do estilo Mário Covas de governar.

Das trevas da ignorância e da barbárie, da fala de um desqualificado, o nome do discípulo de Mário Covas apareceu, sem provas e sem documentos, mas o suficiente para a imprensa tentar olhar seu nome com a mesma leitura feita até agora, na operação Lava Jato. Como não poderia deixar de ser, sua história falou mais alto, sua vida aberta à leitura pública, jamais deixou dúvidas quanto a sua lisura.

No Congresso, o homem que fala mais das coisas e menos de si, abriu seu coração, falou dos ensinamentos do seu pai, da sua vida com Lú Alckmin, e do seu desejo de servir. “Não tenho empresa. Não tenho emissora de rádio. Sou uma pessoa física e não participo de corporações”.

Geraldo Alckmin emocionou a todos, porque falou de si, repetindo o que todos já sabiam, mas com o coração ferido pela injustiça , a qual só os que foram vítimas é que sabem o tamanho da dor que sente o “tutor do governo”. Mas o que o conforta, certamente, é que se interrogar o seu subconsciente, ouvirá de suas profundidades, vozes vibrantes e ardentes, que mostram seus respeitosos feitos de coragem e de força de vontade na direção do SERVIR.

O governador verá a voz do passado, do seu pai, seu herói e sua referência, o eco da experiência, essa voz que o ensina, o orienta, o dirige nas horas difíceis, oferecendo-lhes lições de profunda sabedoria como os caminhos de Cristo, a vida modesta e o servir na busca da Terra Prometida.

O futuro está aí para mostrar que nada segura uma ideia, quando a hora é chegada. O Brasil dos brasileiros esperançosos o aguarda.

Sebastião Misiara é presidente da União dos Vereadores do Estado de São Paulo

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Edital de Convocação

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União dos vereadores do estado de são Paulo – UVESP – em cumprimento ao seu estatuto social, ficam convocados os associados, vereadores e convidados a se reunirem na Assembleia Geral da Entidade, que será realizada no próximo dia 26 de abril de 2017, no centro de convenções de campos do Jordão, em primeira convocação as 10 horas, ou, em segunda convocação uma hora após, para discutir e deliberar sobre a seguinte ordem do dia:

A – Prestação de Contas do Exercício de 2014,2015 e 2016;

B – Transferência do Jornal do Interior para a WLS produções;

C –  ressarcimento do empréstimo feito pelo presidente da entidade;

D – Eleição da Diretoria Executiva e Conselho Fiscal quadriênio de abril de 2017 a abril de 2021;

E – Outros assuntos de interesse.

 

São Paulo, 13 de março de 2017

 


Sebastião Misiara

Presidente

CONGRESSO DE MUNICÍPIOS. LABORATÓRIO DE IDÉIAS.

*Sebastião Misiara

 

Campos do Jordão vai sediar de 24 a 28 de abril, o 61º Congresso Estadual de Municípios. A Associação Paulista de Municípios é a única entidade brasileira que realiza 61 congressos ininterruptos, provocando uma sucessão de feitos notáveis que ficarão assinalados na história do municipalismo brasileiro.

Uma tribuna democrática, que a cada ano se instala em uma cidade, e para onde os  municipalistas podem se dirigir, sem medo da análise de suas contas. É uma das poucas entidades que realizam congressos anuais que não têm sobre si os olhos do Tribunal de Contas, pois funciona como um verdadeiro laboratório de idéias para aplicar nos municípios.

Já não é de hoje que se afirma ser o município o alicerce do desenvolvimento nacional. Em todos os Congressos Municipalistas, centenas de vozes se levantam para reafirmar esta verdade consolidada na prática nas cidades que possuem maiores recursos gerados dentro dos seus próprios limites.

Os bons exemplos de governo são dados em abundância pelos municípios brasileiros, especialmente os paulistas. Quando se faz referência especial aos municípios paulistas não se quer criar uma exceção privilegiada. O Estado de São Paulo é, incontestavelmente, um modelo de desenvolvimento municipalista.

Na terra bandeirante é possível encontrar centenas de ótimos administradores, homens competentes, de grande experiência e capazes de assumir postos importantes em qualquer esfera administrativa. E nos congressos municipalistas, promovidos pela APM, com a participação técnica de grande especialistas, que agentes políticos podem acumular experiências que mostram que o Brasil será o que nós conseguirmos construir.

É, também, nos congressos municipalistas de São Paulo, com o apoio da Confederação Nacional dos Municípios e da Uvesp, entre outros, que se abre o debate em busca de soluções novas para o desenvolvimento municipal. Discute-se também a vida pública, que é uma responsabilidade de todos.

Em Campos do Jordão, vamos todos, agentes políticos, vereadores e prefeitos, fazer vida pública, procurando soluções fundamentais para nossos municípios.

Vamos continuar perseguindo o desenvolvimento que é a palavra de ordem em todo setor. Desenvolvimento  voltado  para o levantamento dos níveis de vida da coletividade e, principalmente para um crescimento ordenado que dá ao munícipe, o prazer de viver na cidade onde mora.

Para esse objetivo que é trabalhar, discutir, debater, estudar e escutar, não falta apoio aos agentes públicos. Exemplo prático disso é a campanha que faz pelos “100 Dias de Governo” o Conselho de Arquitetura e Urbanismo, cuja carta-proposta está em mãos dos prefeitos municipais e que deve ser conhecida pelos vereadores.

Buscar apoios como esse,  para que tudo aconteça de bom na administração pública, debater em congressos, trocar idéias para conhecer “cases de sucesso” faz parte de quem quer concluir um mandato com transparência, espírito publico e realizador.

Sebastião Misiara

Presidente da UVESP e 1º secretário da APM