ARTIGO: LÍDERES E MITOS

 * Sebastião Misiara

Em recente conversa sobre política com o professor Paulo Nathanael, obtenha os seguintes conhecimentos para obter o consenso da diferença entre líder e mito. Ele nos lembrou da onda crescente de populismo que invadiu os países da América Latina, na transição do século XX para o XXI. Surgiram novos caudilhos na crista de eleições não raro manipuladas por troca de favores entre candidatos e eleitores, nas quais, uns entram com dinheiro e benesses e outros com votos, sonhos e boa fé.

De onde vem a força dos aventureiros? De uma liderança exercida com competência e lucidez, ou da exploração teatral de um mito, que encarne a projeção dos anseios de massas humanas marginalizadas por miséria e motivadas pelo ressentimento? Como classificar-nos tendo em vista seus discursos e suas ações? Como heróis ou histriões; estadistas ou demagogos?

Ou terão um perfil ambíguo, no qual se misturam esses traços em doses variadas, onde ora o mito, ora o líder assume o comando do seu comportamento? Sociólogos, historiadores e cientistas podem responder. Mas afeito às coisas do interior, onde se sente na própria pele as consequências dos desmandos, arriscamos, com a orientação segura do professor Nathanael, analisar o que faz um líder e um mito, ficando a cargo de cada um de nós, reconhecermos esses caudilhos, os que foram ou serão enquadrados no processo eleitoral, no qual os sonhos, a boa-fé e a esperança falarão mais alto.

Por onde começa a diferenciação entre o líder e o mito? Certamente pelo papel exercido pela racionalidade, que sobra nas lideranças e fica devendo nas mitologias.

Enquanto que o líder impulsiona historicamente o rumo seguido pelo grupo social que lidera, dando-lhes ordem social e sendo lógico, o mito encarna forças subliminares, que inspiram a imagética coletiva e rejeitam interferências de razões e lógica. Age no impulso das emoções extremadas e alienadas da realidade.

A liderança é magistério, a mitologia é sacerdócio. Naquele buscam-se juízos de realidade, nestas, juízos de valor. Politicamente o líder torna-se cruzado das liberdades, enquanto que o mito, introjetado pela idéia de uma missão divina, promete anular as desigualdades, sem indicar o caminho.

O líder move-se, de preferência, pela inteligência, pela inovação, pelo planejamento e pela seriedade, e busca se colocar pelo raciocínio transparente e convincente.

O mito joga menos com as palavras e mais com as imagens, explora menos o racional e se vale o tempo todo dos aspectos negativos da realidade que quer mudar, apregoa ganhos utópicos sem preocupação com a viabilidade do prometido. Enquanto que o líder concilia e geralmente pratica uma ética de natureza cristã, segundo a qual os fins não justificam os meios.

O mito inverte essa equação filosófica para pregar exatamente o contrário. O mito é incapaz de conciliar. Prefere dividir, ao passo que a democracia sobrevive do talento das lideranças, que, no exercício do seu comando, convivem com a transparência e o discurso lógico. Finalmente, entendemos que o mito joga com as forças primitivas da natureza humana e se contrapõe ao racionalismo.

Já o líder exerce seu comando com respeito à liberdade, a racionalidade e eficácia. Em recente palestra na ADVB, o estudioso e profundo conhecedor da política brasileira, João Carlos Meirelles afirmou que a solução é transformar o Brasil em um grande celeiro de obras.

Isso mesmo com a criação de liderança e com quem é capaz de unir o Brasil em um só objetivo. Reconstruir. Essa é definitivamente a nossa aspiração.
Sebastião Misiara – Presidente da União dos Vereadores do Estado de São Paulo, Vice-presidente do Fórum das entidades estaduais dos legislativos; Vice-presidente da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil.

Barretense Sebastião Misiara eleito vice-presidente de fórum nacional de vereadores

A presidência neste primeiro ano será de César Veras, do Ceará, ficando o barretense Sebastião Misiara como vice-presidente

O fórum dos presidentes estaduais de vereadores foi criado por iniciativa da União dos Vereadores do Brasil, em reunião em Brasília, com representantes dos estados do Ceará, Bahia, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Amapá, Paraná, Goiás, Rio Grande do Sul, Sergipe e Minas Gerais.

A presidência neste primeiro ano será de César Veras, do Ceará, ficando o barretense Sebastião Misiara como vice-presidente. A participação da Uvesp , presidida pelo barretense, foi destacada pelas lideranças na mobilização nacional das entidades de vereadores.

UVESP E USP lançam parceria no próximo dia 15 em Araraquara na sede do Tribunal de Contas do Estado

Para o presidente da Uvesp, Sebastião Misiara, essa parceria altamente significativa , mostra o papel da USP na formação democrática da sociedade brasileira.

Uma das mais importantes parcerias da União dos Vereadores do Estado de São Paulo será assinada no dia 15 próximo em Araraquara, durante grande evento, na sede do Tribunal de Contas do Estado, com o Parlamento da Região Central do Estado.
A parceria, que se dará através do PROJUS/USP – Laboratório Usp para Educação Jurídica, desenvolverá cursos, palestras, pesquisas para o desenvolvimento do Poder Legislativo Municipal. Os cursos presenciais acontecerão na Universidade de São Paulo ou em instituições parceiras, como a Assembléia Legislativa do Estado e Tribunal de Contas do Estado. Também, na agenda a ser formada, serão ministrados cursos à distância.
Todos os cursos – informa o presidente da Uvesp, Sebastião Misiara, serão ministrados por professores da USP, com a colaboração de outros especialistas de elevada formação e de grande experiência prática.

“Os serviços prestados compreendem desde a formação de servidores e assessores, informam os professores Nuno Coelho e Raul Freitas de Oliveira, coordenadores do PROJUS, à cooperação técnica nas diversas áreas de atuação do Legislativo, como a elaboração e revisão de leis e planos.

O PROJUS (www.usp.br/projus) atua na formação de lideranças parlamentares, da Administração Pública e da sociedade civil, empenhados na afirmação e na efetivação dos princípios do Estado Democrático de Direito.

A Uvesp – por sua vez – estimula a capacitação e a reciclagem dos legisladores e seus assessores e funcionários da edilidade para melhor e maior compreensão do papel dos Legislativos na Democracia Brasileira.

No dia 15, além da assinatura de parceira, teremos a brilhante palestra do Conselheiro do TCE, Dimas Ramalho sobre controle externo.

AULA DE ETICA E CIDADANIA NA PALESTRA DE MARCIO ROSA

Em Congresso da AMA – Associação dos Municipios da Araraquarense, nesta quinta-feira, o Secretário da Justiça e Defesa da Cidadania, professor e promotor público, autor de vários livros, Márcio Elias Rosa, segurou a plateia com palestra que começou retratando a história brasileira.
O professor lembrou que o Brasil viveu três fases em sua administração. A primeira chamada de “Regaliana”, claramente exposto na Constituição Imperial de 1824, onde o interesse público era o interesse do governante, que não poderia ser munido por causar danos a particulares.
A segunda fase, a de Getúlio Vargas, a administração burocrática, com noções claras de órgãos públicos e a terceira fase, na era Fernando Henrique, a administração gerencial, a que mais está se expandindo , com os cuidados necessários de respeito ao artigo 37 da Constituição Cidadã. “!O interesse público é de todos. Ninguém pode dele se apropriar”, disse o secretário. Afirmou que é importante sempre, não confundir coisa pública com coisa nossa. “O que é publico é de todos”, portanto não é de ninguém em especial”.
Márcio Elias citou o exemplo de Geraldo Alckmin. “Ele está sempre atento e economiza no custeio. “Afinal o custeio é igual ferrugem. Se não cuidar, vai longe”.
Destacou a exceção que representa São Paulo no cenário nacional. “Nosso Estado é exceção, o governador cumpre com todos os seus compromissos e administra atento ao desenrolar da economia nacional”.
O Secretário da Justiça e Defesa da Cidadania deixou um recado final, ao elevar a condição dos políticos, como os homens que resolvem os problemas da comunidade, “O importante é nunca orientar a administração por interesse pessoal ou de terceiros”.