A SOLUÇÃO ESTÁ NO GOVERNO MUNICIPAL

*Sebastião Misiara

A nossa Federação passou de uma descentralização em 1891, para uma descentralização um pouco menor em 34, para praticamente uma abolição da Federação no regime de 37, uma reconstituição em 46, um grau grande de centralização a partir de 1968, dai por diante.

Então os municípios começaram a sofrer as consequências por conta dessa Federação mal resolvida. Em l988 veio a Constituição Cidadã, promulgada, elevando o município à categoria de membro da Federação.

Porém os princípios cantados em prosa e verso por Ulisses Guimarães, muitos deles ficaram no campo da teoria. Os municípios foram recebendo ao longo dos governantes de plantão, encargos e competências, sem, contudo, receber a contrapartida financeira para execução dos serviços que interessam à população.

Cada vez mais, os municípios ficam ao sabor dos poucos recursos que voltam daquilo que, por eles, foram arrecadados. Hoje, pressionados pelas demandas, carências e impasses administrativos sem precedentes, surgem luzes e olhares especiais sobre realidade da larga maioria dos municípios brasileiros.

Pela primeira vez, um partido político se coloca lado a lado com o Governo Municipal, ao mostrar que no município é que se encontram os serviços que o povo precisa, pois é nele que as pessoas nascem, vivem, choram, se alegram, criam e recriam.

Na propaganda política obrigatória, o PTB – Partido Trabalhista Brasileiro – tem feito a defesa absolutamente intransigente do Município. Mediante vários encontros dos seus membros com diretores da Associação Paulista dos Municípios, o tema foi aprofundado, a tal ponto que a Bandeira Municipalista foi totalmente abraçada por Roberto Jeferson e seus companheiros de filiação.

Muitos dirão que vários partidos estariam fazendo tal defesa. Certamente, mas quando não de modo aleatório, têm o vezo da oportunidade eleitoral. Ninguém, em sã consciência, ignora que, no arcabouço federativo, o município é o grande alicerce do desenvolvimento nacional. Essa verdade temvindo, cada vez mais à tona, sempre manifestada pelos que conhecem e, sobretudo na prática, os problemas municipais da atualidade.

O que até há pouco tempo se limitava a movimentos comprometidos com a causa do município – sob a Bandeira da Associação Paulista de Municípios – agora assume feição abrangente de um sentimento de opinião pública em favor do que está acontecendo de errado e injusto no terreno onde se assenta o edifício da Federação.

Até 2030, mais de 90% da população brasileira viverá em cidades. Isso significa que os desafios envolvem questões econômicas e relacionadas à saúde, à segurança, à redução das desigualdades, à empregabilidade, enfim a tudo que o Município precisa e que recebe muitos encargos dessa ordem e poucos recursos.

Certamente – porque a Bandeira é nobre – muitos seguirão os passos do PTB e quem sabe, com a eleição de um municipalista presidente e um congresso comprometido em combater as desigualdades, iremos além da névoa dos problemas existentes. Os municipalistas podem comemorar? Penso que sim, pois nada resiste à força dos acontecimentos, quando a hora é chegada.

Sebastião Misiara é Presidente da União dos Vereadores do Estado de São Paulo, 1ºSecretário da Associação Paulista de Municípios, vice-presidente do Fórum de Presidentes Estaduais de Vereadores, vice-presidente da Associação dos Dirigentes de Vendas e Marketing do Brasil e conselheiro da Rede Vida de Televisão.

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UVESP REUNIU VEREADORES DE TODA A REGIÃO EM CAJOBI

Com cento e trinta e cinco vereadores e seis prefeitos presentes, a Uvesp realizou seminário “Alternativas de Desenvolvimeno”, em Cajobi,nesse sábado (18/11). O encontro foi em parceria com o Parlamento Regional do Vale do Rio Grande, cujo presidente é o vereador Balinha, que preside a Câmara Municipal da cidade e apoio da ACAMURCA, que contou a presença de seu Presidente André Beck.
O presidente da Uvesp, Sebastião Misiara anunciou a formação de 30 Paralmentos Regionais e “praticamente fechamos todo o Estado para formar uma rede de agentes do desenvolvimento. Agradeceu a presença do deputado federal Adérmis Marini, da região de Franca, dos deputados estaduais Itamar Borges e Orlando Bolçone e do diretor do “Cidade Legal” da Secretaria da Habitação, Geninho Zuliani.
Foram palestrantes no evento, o Superintendente da Funasa , em São Paulo,. Ricardo Pires e o Secretario da Justiça e Defesa da Cidadania, Márcio Elias Rosa. Como nova parceira da Uvesp, em nome da Funasa e do seu presidente Rodrigo Dias, o superintendente anunciou que a Fundação Nacional da Saude aceitou o desafio de apoiar as prefeituras na construção de seus planos de saneamento básico. “É preciso que os municípios identifiquem as necessidades de suas comunidades no quesito saneamento básico”, disse Dias garantindo a parceria com os Parlamentos da Uvesp.
A palestra do secretário Márcio Elias Rosa, Secretário da Justiça e da Defesa da Cidadania veio ao encontro do interesse dos prefeitos e vereadores, preocupados com a demonização da classe política. “Condenar a política por causa de maus políticos é o mesmo que condenar a medicina por um erro médico”.
“A corrupção não é resultado da deformação moral do povo brasileiro. Ela acontece em várias países e seu combate depende da leniência das autoridades responsáveis”, frisou o Secretário da Justiça.
Na opinião de Márcio Elias Rosa, o Brasil precisa de alguém com equilíbrio para governá-lo. “Todos que radicalizam, seja da direita ou da esquerda, são iguais”. Ele disse que o próximo presidente se não tiver equilíbrio, a tendência é a queda.
O secretário foi aplaudido de pé quando se posicionou na defesa da boa política. “É ruim a visão negativa da política, desde que ela seja feita para satisfazer a necessidade do povo”.
O presidente da Uvesp anunciou os próximos eventos da Uvesp. Dia 24, em Porto Ferreira, eleita recentemente a “Capital Nacional da Cerâmica e Decoração Artística”. Dia 29, o curso USP/UVESP no campus da Universidade em Ribeirão Preto.3df7e7e2-e1d4-4c1b-bfb5-19a980bc3f5d

PLANEJAMENTO DEMOCRACIA E EDUCAÇÃO

*Sebastião Misiara

As Constituições de 1934 e 1937 reconheceram a autonomia do Município, sem, contudo, aplicá-la. A Constituição de 1946 reforçou a autonomia e facilitou a maior participação das rendas.

Nem tudo foi comemoração. O surgimento indiscriminado de municípios trouxe problemas, como o empobrecimento generalizado. A consequência foi à dependência ainda mais do Estado. Veio 1964, com o regime ditatorial diminuindo a autonomia dos Estados, complicando, ainda mais, a vida municipal.

O Brasil assistiu ao longo de tudo isso, o denodado esforço dos municipalistas, na persecução de uma autonomia irrecusável, tantas vezes escamoteada pelas manobras de manipuladores de plantão.

De 1988 para cá, entramos em uma nova era com a corporação municipal elevada à categoria de membro da Federação, embora em muito ainda esteja tal principio no campo da teoria. Lamentavelmente, a tradição ibérica do Estado centralizado permaneceu. A pirâmide dos entes públicos não conta. A decisão é sempre de cima para baixo.

O que pensam os municipalistas? Que só será verdadeiramente federativa a República que reconheça, a todos os seus membros da união indissolúvel, o direito de sentar-se à mesa das decisões nacionais. Enquanto não chega, prefeitos e vereadores saem da zona de conforto, combatem a crise e exercitam sua criatividade, tomam decisões baseadas nas previsões do que vai acontecer.

O extrato desses vocacionados prefeitos esteve, em Lima, no Peru, participando do LAMPA dando lições de “como driblar a crise.” Escolhida a dedo essa nova geração de prefeitos expôs, convenceu e encantou empresários surpreendidos com o que viram e ouviram.

O presidente do Fórum Econômico Brasil/Peru, Marcelo Ramos não se conteve diante de tamanha vocação para o servir. “Eles estão usando uma metodologia do setor privado, que é o planejamento estratégico”.

O Major Brigadeiro do Ar, Marcelo Damasceno impressionou-se com a qualidade do grupo que foi escolhido pele equipe de Agostinho Turbian e ofereceu o espetáculo da esquadrilha da fumaça, que vai primeiro para Ourinhos, no dia 13 de dezembro, quando inicia a contagem regressiva para os 100 Anos do Município.

O painel dos prefeitos que a todos cativou foi presidido por Antonio Carlos Cruz. Ele registrou a disposição de inovar modelos de gestão para sustentar o crescimento local, pelo desenvolvimento sustentável.

A Carta do Peru, que será entregue no dia 5 de dezembro ao governador Geraldo Alckmin, documenta, entre outros, o consenso que o Secretário da Educação, José Renato Nalini, lidera: Somente pela Educação atingiremos o almejado sucesso da sociedade organizada.

Na exposição do culto e preparado secretário José Renato Nalini fica claro que a tarefa dos que lutam pela Educação é possibilitar a que todos possam aprender com sua própria capacidade, transferindo-lhes a chave que abre a mina do conhecimento.

A prefeita Simone Marquetto, de Itapetininga, ao dizer que sua cidade é “agro”, ouviu do excelente mestre do turismo, Toni Sando e “por que não criar um calendário de corrida de tratores”.

A função da Uvesp é provocar debate, que faz saltar aos olhos de todos que distante da minoria – a quase totalidade dos agentes públicos persegue os objetivos apropriados para o momento atual. A jornalista e Diretora Silvia Melo coordenou o painel que mostrou que os prefeitos trilham na direção da Ética, do Trabalho e da Transparência.

Diante dessa bem sucedida missão no Peru, a Uvesp pretende propor ao grupo de empresários do GCSM a formação de um “Conselho Consultivo Sobre o Futuro das Cidades”.

Assim, cumprimos nossa missão.

*Sebastião Misiara
Presidente da UVESP – União dos Vereadores do Estado de São Paulo
Vice-presidente do Fórum Nacional de Presidentes de Entidades de Vereadores
Diretor da Associação Paulista de Municípios

Escalada UVESP

70 Municípios presentes no pontapé inicial do Convênio USP x Uvesp para cursos e capacitação de vereadores, assessores, secretários e prefeitos.

Esse primeiro evento acontece no auditório Franco Montoro com apoio da Assembleia Legislativa do Estado.
Os primeiros cursos serão informados na rede de Comunicação da Uvesp e somente participarão vereadores de Câmaras filiadas.
Neste primeiro curso temos 150 participantes de 70 cidades.
Os temas foram desenvolvidos pelo professor doutor Nuno Coelho, Coordenador do Projus/USP e pelo professor doutor Raul Freitas da Universidade de São Paulo