*Sebastião Misiara
A ninguém é licito ignorar que o país busca um povo paradigma da política para atender a população. Esse paradigma surge como uma imposição da sociedade e como um imperativo da própria consciência dos homens responsáveis e lúcidos.
A União dos Vereadores do Estado de São Paulo tem procurado criar, através dos seus conselheiros informais e professores da mais alta sabedoria, laboratórios de idéias para debater, com os agentes políticos mais próximos da população, alternativas de políticas públicas para o desenvolvimento social e econômico dos municípios paulistas.
Assim, temos procurado estimular a criação dos Parlamentos Regionais, foro competente para que os vereadores paulistas desenvolvam trabalhos regionais e acompanhem com conhecimento as realizações dos prefeitos municipais.
Estimulamos, através de seminários e cursos, o empenho na preparação dos “Municípios de Interesse Turístico” que, sem dúvida, trará resultados positivos à economia pelos melhoramentos que os municípios exigem e pelos investimentos privados.
Temos incentivado os vereadores a criar comissões especiais de apoio ao agronegócio e ao turismo rural, fonte de receitas e de empregos. O valor bruto da produção agrícola em 2017 é da ordem de R$ 536 bilhões, 4,3% a mais do que alcançou no ano passado. O agronegócio tem elevado nosso PIB. Por isso, necessário se faz um olhar atento a esse setor.
Mas quero chamar a atenção da mais recente pesquisa feita pela Fundação Getúlio Vargas a pedido do Instituto de Longevidade Mongeral Aegon que conferiu as melhores cidades para pessoas com mais de 60 anos viverem com qualidade de vida. O Estado de São Paulo conta com 100 cidades médias e grandes. Vale dizer que, juntos.
Governo do Estado e administrações estão cuidando de preparar a cidade para o futuro que chegará com estatística que nos coloca entre os países com mais idosos no mundo.
Os números mostram que nossa preocupação deve estar voltada para uma política conectada com a realidade da “melhor idade”. A partir de 2030 os habitantes com mais de 60 anos, crescerão à taxa de 1,95% ao ano, enquanto a população mais jovem terá redução de 1,18% ao ano. Os mais velhos que hoje representam 14,5% da população, passarão a representar 30,8%.
O interessante que aponta a pesquisa é que o desejo das pessoas, à medida que envelhecem, é permanecer em suas comunidades e que as tecnologias podem ajudar a viabilizar o convívio dos idosos com sua gente. Por isso, fazer da política uma ação voltada para as pessoas, é o caminho mais legítimo para atender a imposição da sociedade, pois como diz Loewestein, a massa do povo é suficientemente lúcida para reclamar um mínimo de justiça social e de segurança econômica.
A importância da pesquisa leva a uma parceria entre a Uvesp e o Instituto de Longevidade Mongeral Aegon para que seja disseminada, através de seminários e cursos, em regiões administrativas do Estado, idéias e conceitos para fazer de cada município uma “Cidade Inteligência”, onde se coloca gente em primeiro lugar.
Sebastião Misiara
Presidente da UVESP – União dos Vereadores do Estado de São Paulo
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