A pandemia e seus desdobramentos continuam sendo os principais assuntos na tribuna da Assembleia Legislativa. Na tarde desta segunda-feira (22/2), a ocupação dos leitos de UTI em Campinas e a situação da contaminação nas escolas da rede pública foram alguns dos destaques entre os pronunciamentos.
No último domingo, a prefeitura de Campinas informou que os leitos de UTI destinados ao tratamento de pacientes com Covid-19 estavam com lotação máxima. A notícia foi divulgada na tribuna pela deputada Monica da Mandata Ativista (PSOL), que considera que o Plano São Paulo não reflete a realidade do Estado. “O Plano São Paulo tem a região de Campinas como amarela e está com 100% de leitos lotados. É preciso agir, é preciso tomar cuidado. O Estado de São Paulo pode virar Manaus se não tomarmos cuidado, se não agirmos rapidamente”, alertou. A parlamentar afirmou também que o Estado precisa de um plano econômico-financeiro para auxiliar os cidadãos durante a pandemia. “Precisamos entender que a fome é a faceta mais cruel da pandemia, depois das mortes das pessoas que morrem diretamente, por isso a urgência de o Estado de São Paulo também se comprometer financeiramente com a distribuição de renda”.
Contaminação nas escolas
De acordo com o deputado Carlos Giannazi (PSOL), 851 servidores da educação foram contaminados. “São professores, quadros de apoio escolar, gestores, abarcando 456 escolas. Esse é o levantamento da Apeoesp”, afirmou. Giannazi se posicionou favoravelmente ao lockdown da cidade de Araraquara. “Lá o prefeito age corretamente para tentar deter o avanço na nova cepa do vírus. A nova variante é muito mais ágil e mortal. O próprio prefeito disse que essa variante afeta os jovens. Essa informação é extremamente importante”. Giannazi é favorável ao fechamento das escolas para conter o avanço da pandemia. “Escolas fechadas são vidas preservadas”.
Escolas de samba
O contrato da Secretaria Municipal de Turismo que prevê o repasse de verba para escolas de samba e agremiações carnavalescas foi criticado pelo deputado Coronel Telhada (PROGRESSISTAS). “Mesmo sem carnaval, a prefeitura manteve o repasse de 33 milhões, agora em 2021, para escolas e agremiações carnavalescas. São 33 milhões do dinheiro público sendo destinados para uma coisa que não está existindo, pois não tem carnaval”, comentou o deputado.
Telhada considera que a destinação da verba é descaso com dinheiro público, num momento em que “estamos com hospitais numa situação terrível”. Nota publicada pela prefeitura afirma que o contrato foi assinado em 2020, antes do cancelamento do carnaval em São Paulo e que estão sendo realizados estudos para aplicação da verba nos desfiles de 2022.
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