Por Sebastião Misiara
Geraldo Alckmin, um dos mais íntegros homens públicos que passaram pela politica brasileira, nesse século, de certa feita no Palácio dos Bandeirantes, quando governador do estado, deu seu recado. “Governar é Enxergar quem Sofre”. Dom Luciano Mendes, com quem tive a honra de conviver, e que no dia 27 de agosto completou 14 anos de sua morte, foi um dos que comemoraram a fala do governador Alckmin, a quem ele, embora vivendo em Minas, acompanhava seu mandato e era seu profundo admirador.
Mais que nunca “Enxergar quem Sofre” será a palavra final na pós-pandemia e quando a triste realidade brasileira mostra 14 milhões desempregados , esperando uma luz no final do túnel. Dom Luciano respondeu um dia a uma pergunta que lhe fiz, na sala de espera para iniciar a reunião do Conselho do Instituto Brasileiro de Comunicação Cristã. “Qual a sociedade que desejamos construir?”
“Uma sociedade que não exclui ninguém, solidária, sem discriminações e sem dominações, uma sociedade que assuma a recuperação do marginalizado, das minorias desprezadas, que promova a mulher, a criança, o doente, o deficiente, na consciência de que somos todos irmãos. A sociedade justa que coloca no centro de toda as suas promoções a dignidade da pessoa humana , a afirmação dos seus direitos, a condição do exercício dos seus deveres, que provoca as oportunidades da vida.
A sociedade na qual a terra é igualmente distribuída e o solo urbano é assegurado ao morador da cidade, uma sociedade que ofereça os serviços básicos à vida digna. Uma sociedade que respeita a hierarquia dos valores, que confere o primado do trabalho sobre o capital, salvaguardando a prioridade dos valores sociais, finalmente, umas sociedade que procura enxergar o que acontece ao seu redor”
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