OS CUIDADOS QUE PRECISAM SER TOMADOS

A Uvesp, mais uma vez, participou do Congresso da AMA – Associação dos Municípios da Ararquarense. Fomos levar um tema apropriado aos tempos atuais, em que o Brasil paga o preço de desgovernos. Buscamos a experiência do professor Roberto Freire para analisar “o Brasil que temos e o Brasil que queremos”.

Entendemos como compromisso estatutário, que nosso papel é servir os agentes públicos, grandes motivadores dos resultados eleitorais no país com conhecimentos que os livrem de aventureiros, em processos eleitorais, que não têm nenhum compromisso com a Nação Brasileira.

Essa caminhada pelo interior do Estado, e pelo Brasil, graças ao Fórum de Entidades Estaduais de Vereadores, nos proporciona a firme convicção de que o regime democrático é o único que assegura a igualdade de oportunidades e enseja o gozo dos direitos fundamentais das pessoas.

Anthony Burgess, escritor e filósofo em lúcida manifestação, considerou – o que vale para os dias de hoje – que o governo do povo, pelo povo, deve ser realizado pelos melhores do povo.

Pedimos ao ex-ministro que compartilhasse com a plateia a sua crença, mas, sobretudo, a sua própria experiência de luta digna, honrada, na defesa dos princípios de cidadania, que falasse sobre “O Brasil que temos e o que Brasil que queremos”.

Freire é sensível aos problemas de sua época; suas manifestações traduzem os seus valores políticos e morais, dentro da ordem pública que se comprometeu solenemente a preservar, tanto que em sua clara manifestação pontuou os erros que cometemos e os pecados que estamos pagando, por conta deles.

“Em 1989 fui candidato à Presidência do Brasil. Falei o que precisava ser dito. O povo resolveu acreditar no “Caçador de Marajás” e vejam no que deu”. Traduz um pensamento real, mas não impõe nada; faz com que todos reflitam, principalmente porque a prática democrática, dentro da ordem constitucional, é o caminho para unir o Brasil. Deixou claro que a ruptura do principio democrático, nada mais tem feito no mundo moderno que instituir regimes totalitários, em que não se encontram a igualdade, nem a liberdade.

A onda crescente de populismo que invadiu os países da América Latina, na transição do século XX para o XXI, deixou marcas que até hoje os povos pagam a conta pela incompetência das ideologias populistas, herdeiras das ambiguidades das teorias autoritárias.

Não podemos nos deixar levar pela onda de l989 que nos faz sofrer até hoje. Não podemos nos deixar levar por aqueles que se valem o tempo todo dos aspectos negativos da realidade atual, sem apresentar propostas que fortaleçam o desenvolvimento sócio-econômico do Brasil.

O Brasil que queremos, mostrado fartamente por Roberto Freire, exige de todos, compreensão e clarividência para que se preserve a Constituição de modo que o desenvolvimento do país se faça com liberdade, dentro da ordem jurídica que comporta aperfeiçoamentos, mas que não pode ser subvertida.

Sebastião Misiara
Presidente da UVESP – União dos Vereadores do Estado de São Paulo;
Vice presidente do Fórum Nacional de entidades legislativas

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