A Nobreza Europeia!
Hoje estou em Bled, uma pequenina cidade de 8 mil habitantes e de um charme exclusivo. Situado no noroeste da Eslovênia, é um dos principais destinos turísticos deste país, sendo conhecido sobretudo pela beleza do Lago Bled, em cujo centro situa-se a única ilha natural e em cujas margens se encontra o mais antigo castelo do país. Na cidade encontra-se o principal centro de informações sobre o Parque Nacional de Triglav.
Também tive oportunidade de conhecer a importante instituição de ensino na área de administração e turismo que existe desde fevereiro de 1986 em Bled: IEDC – Bled School of Management. Ela possui cursos de graduação e pós-graduaçao.
A nossa comitiva foi recebida pelo prefeito da cidade de Bled, Janez Fajfar em missão oficial com trajes próprios para este tipo de solenidade. O Embaixador do Brasil na Eslovênia também nos recepcionou no castelo de Bled.
A Eslovênia oferece muitas oportunidades de turismo e negócios. Possui Serras e montanhas, balneários, fazendas turísticas, rica vida cultural e esportiva, culinária tradicional e está em ascensão econômica.
Ao final um brinde especial à comitiva Woca 2018!
Um país que mostra sua nobreza através de sua beleza e educação.
Eslovênia recebe comitiva de Brasileiros, até dia 24, Liubliana é palco do WOCA 2018
Estou num país de gente feliz e que tem amor até no nome – esLOVEnia!!
Aconteceu hoje o Fórum Econômico Brasil/Eslovênia com palestras de Brasileiros e Eslovênos, abordando temas importantes como educação, tecnologia, segurança, turismo e sustentabilidade.
Prefeitos paulistas e representantes de consórcios municipais assinaram convênio com o programa da ONU pela agenda 2030 e ouviram uma importante lição sobre sustentabilidade.
O painel dos Prefeitos faz parte do projeto WOCA (World Company Award), promovido pelo GCSM – Global Council of Sales Marketing, anualmente realizado em países marcados pelo desenvolvimento sócio-econômico com direção geral de Adriana Sales.
O painel foi conduzido pela Uvesp, oficialmente, que tive a honra de representar e falar dos investimentos que o Estado de São Paulo tem recebido. “Somente no 1º trimestre de 2018, foram anunciados – segundo dados do SEADE- U$ 2,44 bilhões” e reafirmo que tudo isso graças a um governo sério, organizado e fomentador do desenvolvimento, comandado nos últimos anos por Geraldo Alckmin.
A apresentação da Eslovênia e de sua capital foi feita pelo Embaixador Esloveno no Brasil, Alan Brian e por representantes da Prefeitura (que ontem receberam oficialmente os prefeitos e empresários brasileiros).
Coincidentemente com a presença de brasileiros, Eslovênia está em festa. Comemora 27 anos de Independência , tendo sua capital ocupando honrosamente um dos primeiros lugares em segurança no mundo. Ou seja está entre as 10 cidades mais seguras do planeta.
Em 2010, oito anos depois de se tornar membro da ONU e seis anos depois de ser membro da União Europeiae OTAN, foi eleito o melhor país em desenvolvimento econômico.
Em 2018 o crescimento do PIB está estimado em 5,1% deixando o jovem pais no topo da União Europeia.
Em 2017, a Eslovênia recebeu 11 mil turistas brasileiros e é responsável por 40% dos turistas da América Latina.
Alan Brian falou com alegria e satisfação que gostaria de ter mais estudantes brasileiros na Eslovênia e vice-versa, o que animou os prefeitos paulistas que querem obter conhecimentos mais aprofundados sobre o estilo de governo de “um país com tantos títulos”, como acentuou Patrícia Iglesias, representante do escritório da ONU em São Paulo e que presidiu o convênio para cumprimento dos 17 objetivos e 169 metas do milênio, a partir dos seus municípios.
A participação de Patricia Iglesias, um dos primeiros nomes da sustentabilidade no país, foi tida como alto prestigio para o evento e para os prefeitos, diante da importância dessa assinatura acontecer na Capital Verde da Europa. Patricia analisa com otimismo a participação de São Paulo e a conscientização dos prefeitos e vereadores com relação ao que propõe o “Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente”.
O embaixador Brian destacou, também, o relacionamento entre Brasil e Eslovênia. “Hoje são 161 empresas importando do Brasil, queremos mais, todavia enfrentamos por lá muitas barreiras e juros altos”, disse para uma plateia de mais de 80 empresários brasileiros e prefeitos municipais. “Hoje podemos nos orgulhar de tudo o que conquistamos, inclusive a confiança do Brasil”, concluiu sob aplausos.
OS PREFEITOS
Cumprimentei os prefeitos pela perfeição em suas exposições, dando destaque ao que temos de melhor.
Foram eles, Guilherme Ávila (Barretos), Marco Aurélio Gomes (Itanhaém), Simone Marquetto (Itapetininga), Lucas Pocay (Ourinhos), André Bozola (Socorro). Os representantes dos Parlamentos Uvesp, Marco Melhado, vereador em Pedro de Toledo e presidente do Parlamento Codivar/Uvesp e o representante do CONSID Bahia, Edesio Cavalcanti. O ex-prefeito de Altair, Antonio Padron Neto, e representante da AMA – Associação dos Municípios da Araraquarense também participou do painel e fez uma análise do momento político que estamos vivendo.
OS MOTIVOS
Ainda curiosa em saber as razões da educação, da auto-estima e da cultura do povo esloveno, olhando a “Triple Bridge”, homenagem aos 3 rios que aqui na Eslovênia nascem no centro histórico, perguntei a uma eslovena. “Por que Liubliana é uma cidade considerada ideal para as crianças? Aqui nós privilegiamos o turismo, o meio ambiente e a educação. As nossas escolas ensinam o idioma pátrio e mais dois ou três. Assim podemos atender melhor os turistas e mostrar o respeito que temos pelo meio ambiente”.
UMA OPINIÃO QUE VALE OURO
Matéria publicada no Jornal Luso Brasileiro em Lisboa, Vidas Lá Fora
Entrevistei o professor Dr. Ives Gandra Martins da Silva, um dos mais respeitados operadores do Direito. Membro da Academia Paulista de Letras, Academia Paulista de História, Academia Brasileira de Filosofia, Academia Brasileira de Letras Jurídicas, Academia Internacional de Cultura Portuguesa e Academia Internacional de Direito e Economia. Filho de Português (para honra da Pátria-Mãe) e de nacionalidade portuguesa. Considerando o ensino de excepcional qualidade, o catedrático da Universidade do Minho, recomenda estudos em Portugal, o que facilita a integração nos países da Comunidade Européia. Autor de vários livros, o mestre Ives Gandra deixa claro que o ideal que o inspira é o da igualdade na aplicação das leis e a certeza de que, pelos seus artigos – verdadeiras lições – sonha com um futuro mais livre e melhor para as pessoas de todas as classes. Além de grande mestre do Direito, bate firme no seu coração, sua alma de poeta. “Voltarei a antigos hábitos. Voltarei a ser eu mesmo. Com as minhas circunstâncias, estas minhas circunstâncias, que nos tempos presente, são cicatrizes do tempo” (Poemas de um Tempo Esquecido”, dedicado à família e aos amigos, entre os quais me incluo.
Silvia Melo – Vários brasileiros estão em busca das escolas portuguesas e várias universidades interessadas em brasileiros. A qualidade é boa? O senhor aconselha?
Dr Ives – As Universidades portuguesas são de excepcional qualidade. Já ministrei conferências nas Universidades de Lisboa, Coimbra, Porto, sendo catedrático (Cátedra Lloyd Braga) da Universidade do Minho. Por ser filho de português, gozo também da nacionalidade portuguesa –eu e minha esposa–, descendência da qual me orgulho.
À evidência, aconselho os brasileiros que desejam fazer cursos nas Universidades portuguesas que o façam, até porque sendo uma das nações da União Europeia desde a década de 80, facilitaria, pela integração dos países da Comunidade, o aprendizado por parte dos estudantes brasileiros no que concerne a riqueza que a integração do continente tem propiciado para o desenvolvimento da região, em todos os aspectos, inclusive o educacional. A resposta, portanto, é que aconselho a procura por tais Universidades, nos cursos universitários e informo que o ensino é de excelente qualidade.
Silvia Melo – A Universidade Nova de Lisboa lançou um pré-semestre acadêmico destinado ao mercado internacional, com muita ênfase nos estudantes brasileiros. O pré-semestre garante um período de orientação e aulas de adaptação antes de começar a graduação. O Sr. acha funcional?
Dr Ives – Considero excelente a Universidade Nova de Lisboa. Fundada na década de 60, quando fui eleito representante para a América Latina da União das Comunidades Portuguesas presidida pelo Prof. Dr. Adriano Moreira, que me levou, posteriormente, para a Academia Internacional de Cultura Portuguesa, que também presidia, tem em seus quadros excelentes professores e, sem conhecer, todavia, seu programa para brasileiros, destinado ao mercado internacional, parece-me a ideia muito boa, visto que a universalização não só da economia (globalização) como de todos os aspectos da cultura humana é uma realidade irreversível. Tenho a impressão que funcionará.
Silvia Melo – Em sua opinião, qual a razão desse empenho dos portugueses, principalmente, as universidades, em levar jovens brasileiros?
Dr Ives – Temos uma cultura idêntica. Graças a Portugal, o Brasil é uma nação continental e não fragmentada como aconteceu com a América espanhola. A América portuguesa tornou-se um único país, o Brasil, com cultura, costumes, idioma próprios e até hoje muito semelhantes. Nada mais natural que este esforço seja realizado. Em 1964, em Lisboa defendi a criação de uma Comunidade Lusíada semelhante a Commonwealth dos ingleses, tese que voltei a propor no Congresso das Comunidades também em Lisboa de 1981. Por questões políticas à época, nas duas manifestações a ideia não se tornou realidade, lembrando, todavia, que, de forma embora tímida, a partir do século XXI tal união dos povos de língua portuguesa está se concretizando. Creio que nada mais natural que esta integração se faça, principalmente através da juventude, que será aquela que poderá tornar realidade um velho sonho do 1º Congresso das Comunidades Portuguesas de 64.
Jornalista Silvia Melo, com o Professor Ives Gandra autografando um de seus livros em 2015. Uma amizade de longa data.