ARTIGO: FAZENDO A DIFERENÇA

*Sebastião Misiara

A primeira dama do país, Michele Bolsonaro, inovou e fez uma saudação em libras para as pessoas com deficiência auditiva e aos mais de 47 milhões de brasileiros com algum tipo de deficiência.

Para quem atuou junto à Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, como nós da Uvesp, a saudação foi compreendida e muito bem recebida, momento em que a primeira dama demonstrou estar apta a ser protagonista de uma ação social que envolve, também, as pessoas com deficiência.

Só faria um reparo à sua exposição. Eles foram ouvidos e respeitados, principalmente a partir da criação da Secretaria Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, pelo então prefeito José Serra e replicada no Estado, quando assumiu o Governo de São Paulo.

Isso, todavia, não tira o brilho da manifestação da esposa do presidente, cuja vida é dedicada a ação social. Vale como um bálsamo, um incentivo à auto-estima daqueles que ainda não aceitam as dificuldades de locomoção e se trancam em sua tristeza.

A história nos mostra pessoas com deficiência que venceram em suas carreiras, porque começaram a vida com muitos obstáculos, mas tinham pessoas com olhar diferenciado para eles.
Willian James, poeta, (11/01/1842 a 26/08/1910) disse que as nossas enfermidades nos auxiliam de maneira inesperada. É bem provável que John Milton , poeta, (09/12/1608 a 08/11/1674) tenha escrito belas poesias por ter sido cego e que Beethoven tenha composto melhor música por ter sido surdo.

O compositor Tchaikosvsky (07/05/1840 a 06/11/1893) que passou a vida frustrado, que quase levou-o ao suicídio, compôs quando auxiliado em sua auto-estima a imortal “Symphonie Pathétique. “Se eu não tivesse sido um inválido tão grande”, escreveu o homem que modificou o conceito cientifico da vida sobre a terra, eu não teria produzido a quantidade de trabalhos que produzi.

Confessou Charles Darwin, naturalista inglês ()12/02/1809 a 19/04/1882). Ele afirmou que suas enfermidades o auxiliaram inesperadamente . No mesmo dia em que Darwin nascia na Inglaterra, uma outra criança nascia nas florestas de Kentuchy. Essa criança também foi auxiliada pelas suas enfermidades. O seu nome era Abrahan Lincoln.

Se houvesse crescido no seio de uma familia aristocrática, possuisse um diploma de Harvard e tivesse sido feliz em sua vida conjugal, talvez não houvesse encontrado, no íntimo do coração, o poema sagrado que lhe saia dos lábios, ao assumir pela segunda vez, o governo americano. “Sem maldade para com ninguém, com caridade para todos”.

Em seu discurso, Michele Bolsonaro levou de coração para a coração a mensagem de que a Fè não elimina problemas de cada um, mas faz caminhar acima deles.

uvesp

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

uvesp

ERRATA

O Presidente da União dos Vereadores do Estado de São Paulo- UVESP – , nos termos estatutários convoca seus associados para a Assembleia Geral Ordinária a realizar-se em Itanhaém na Câmara Municipal, no dia 30 de janeiro de 2019 , às 9h00 em primeira convocação e às 10h00 em segunda convocação, com a seguinte Ordem do Dia: Eleição e Posse do Parlamento Regional Codivar/Uvesp, análise das contas de 2017 e autorização para aumentar de 1% para 2%, dos subsídios dos vereadores das Câmaras Municipais interessadas em filiar-se à entidade, autorização para parceria com o escritório de advocacia FERREIRA NETTO ADVOGADOS.

 

 

São Paulo, 28 de dezembro de 2018

Assinatura Misiara-01

Sebastião Elias Misiara Mokdici

Presidente

ARTIGO: FAZER, SIM, A DIFERENÇA

Por Silvia Melo

Dias atrás divulguei o convite que recebi para uma palestra, cujo público é de cem mulheres, de Itanhaém, litoral sul paulista, dispostas a participar da vida pública.

Thelma Meirelles, integrante do GCSM Mulher, do qual eu pertenço, cumprimentou-me gentilmente falando sobre “fazer a diferença”, o que me motivou a construção de um novo texto.

Fazer, sim, a diferença, deve ser inegavelmente um objetivo de todas as mulheres. E esse é um tema desafiador, porque ainda lutamos contra o preconceito, contra a diferença imposta pela sociedade entre homens e mulheres, sem contar o desnível nas oportunidades profissionais, no desequilíbrio de participação nas decisões na sociedade e, mesmo, em família.

Esse problema não está somente nas culturas arcaicas e medievais, está na atualidade, principalmente no erotismo publicitário, na violência contra nós (por ações, gestos, agressões física e moral), e, infelizmente, para tristeza geral, na acomodação de muitas mulheres que aceitam passivamente essa discriminação.

Vendo esses padrões, escolho a opção de ajudar a construir a mudança, procurando trabalhar por uma sociedade de mulheres dispostas a servir na vida pública, em seus municípios.

O que foi do passado, pertence ao passado. Expulsar essa discriminação, com ações e gestos, deve ser o nosso propósito, a nossa missão, um desafio que devemos enfrentar e vencer. Não podemos secar o oceano, mas podemos ir limpando a água.

Hoje podemos comemorar – como nossa – as presenças vitoriosas de Mara Gabrilli, no Senado Federal e de Célia Leão na Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência. Ambas, exemplos de superação.

Mara, que provoca uma mudança física total no plenário do Senado Federal, e Célia ativista que jamais abandonou a defesa das pessoas, vitimadas por acidentes que limitaram seus corpos, mas jamais a esperança na construção de um mundo melhor, que sempre demonstraram.

Esse deve ser o nosso papel, deve ser o nosso caminhar. Afinal somos 51,6% da população brasileira, embora apenas 10% nos Parlamentos.

O profeta Daniel, um personagem bíblico citado no Antigo Testamento ensina que os que tiveram ensinado a muitos o caminho da verdadeira sabedoria, brilharão como as estrelas do céu.

“É preciso coragem para ser diferente. E muita competência para fazer a diferença.”

Silvia Melo
Jornalista
Diretora de Comunicação da UVESP
Diretora da WLS Produções
Blogueira do Andando Por Aii